21/06/2010

Nada como um dia após o outro

Em uma Copa recheada de jogos pífios e salpicada por alguns resultados surpreendentes, às vezes temos a tendência de nos impressionar com facilidade por atuações aparentemente destacadas.

Ontem vimos uma aparentemente convincente vitória brasileira sobre a Costa do Marfim. Eu tenho a impressão de que nem o mais empedernido fã do Dunga diria que a atuação da equipe foi "soberba, brilhante, espetacular". Mas deu pro gasto, especialmente após o 1º gol. Até ali o time estava sofrendo uma pressão dos marfinenses, apesar deles carecerem de objetividade.

Além disso, nossa tão decantada "melhor defesa do mundo" levou outro gol totalmente evitável. Para quem ainda não enfrentou um ataque dos pesos-pesados da Copa, é algo para o Zangado meditar... Mas para ele o que importa é classificar para as oitavas (e continuar a tratar os jornalistas de uma forma paleozóica...).

Pois bem, hoje pela manhã a seleção de Portugal enfrentou a Coréia do Norte, aquela que penamos para vencer por 2X1, e sapecou um sonoro 7X0. Tudo bem que o primeiro tempo foi escasso em qualidade, mas depois que a porteira abriu de fato foi uma festa...

Mesmo que não tenha nenhum outro efeito (além, óbvio, de turbinar as chances de Portugal), a goleada já terá servido para baixar a bola de quem estava se preparando para cair na empolgação com a seleção da CBF. O time luso, que não é nada demais, triturou um adversário que nos apresentou dificuldades aparentemente quase intransponíveis...

Ou seja, devagar com o andor...

Um comentário:

Marcelo disse...

Bela análise, Luiz. Não se pode esquecer que a Costa do Marfim, apesar de bem armado, foi um time que, como todas as seleções de menor expressão, amarelou depois do primeiro gol. E a amarelada se traduziu em botinadas. Vamos vez como a seleção do Dunga se comporta com um time que resolva enfrentá-la de igual pra igual, sem medo.