12/05/2007

Rivalidade é fogo

Começaram as série A e B do Brasileirão, mas disso falamos depois.

O fato que chamou minha atenção hoje foi o jogo entre o Borussia Dortmund e o Schalke 04 pelo pelo campeonato alemão.

Era a penúltima rodada, o Schalke liderava a tabela um ponto na frente do Stutgart, e o Borussia vinha fazendo um campeonato apenas sofrível.

Ou seja, apesar do jogo ser em Dortmund, o Schalke era favorito, até por precisar vencer para continuar dependendo só de si e sair de uma fila de umas cinco décadas.

Aí entrou em campo um coisa chamada rivalidade feroz.

As duas equipes tem atrás de si torcidas que se detestam (eu ia dizer "se odeiam", mas é melhor não). Dortmund e Gelsenkirchen (cidade do Schalke), ambas cidades do Vale do Rurh, são rivais históricas, muito além do esporte. E durante a semana o que não faltou foi provocação de parte à parte.

Resultado: 2X0 para o Borrusia, o que deixou o Stutgart quase com o título na mão.

Esse tipo de filme já vimos centenas de vezes, com confrontos entre adversários históricos (frequentemente da mesma cidade) ignorarem a lógica da situação atual das equipes. Mas essa de hoje foi uma das mais contundentes dos últimos tempos. Bastava dar uma olhada no rosto dos torcedores dos dois lados para sentir que aquilo era muito mais do que um jogo. A tensão de parte à parte, substituída pelo júbilo da torcida de Dortmund e pelo espanto misturado com desespero da torcida do Schalke dariam material para um tratado sociológico ou filosófico (bem alemão, não é ?).

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